Funcionários do Detran-ES e despachantes são presos por fraude,Oito pessoas foram presas no Estado, nesta quinta-feira (1º), durante a operação “Replicante”, do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), que investiga a atuação de uma organização criminosa na fraude milionária de registros de veículos.

funcionários do Detran-ES e despachantes são presos por fraude

funcionários do Detran-ES e despachantes são presos por fraude Foto: Divulgação

Dos presos, três são funcionários do Detran-ES, quatro são despachantes e um é chamado de demandante, a pessoa que entregava documentos falsos ao despachante.

Ao todo, 10 pessoas foram presas. Além das oito no Estado, uma no Rio de Janeiro e outra em Minas Gerais. Na operação foram expedidos 11 mandados de prisão, apenas um não foi cumprido – a pessoa não foi localizada.

OUTROS 40 SERVIDORES INVESTIGADOS

De acordo com informações do MPES, outros 40 funcionários do Detran-ES são investigados.

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COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA

Uma pessoa, a chamada demandante, entregava documentos falsos ao despachante. Em seguida, o despachante entrava no sistema do Detran e fazia a solicitação do registro do carro. O funcionário, que participava do esquema, aprovava esse pedido de registro, baseado em documentos falsos.

As investigações começaram em outubro de 2018 e estão sob investigação 896 registros de veículos no Espírito Santo. O valor estimado da fraude é de R$ 100 milhões. Essa quantia é baseada na soma do valor dos veículos com documentos adulterados.

OPERAÇÃO CONJUNTA

O Ministério Público do Espírito Santo deflagrou a operação na madrugada desta quinta-feira (01). A operação é liderada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPES, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar do Estado do Espírito Santo e da Receita Federal do Brasil.

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Foto: Divulgação

NÚMEROS DE CHASSIS DO EXÉRCITO

Segundo as investigações, foram encontradas provas de fraudes no registro de veículos em nome de mais de 400 proprietários “laranjas”, com utilização de notas fiscais falsas, que continham números de chassis correspondentes a veículos exportados ou comercializados ao Exército Brasileiro.

Gazetaonline