Segundo Instituto Brasileiro de Ética concorrencial (ETCO), se esses cigarros comercializados de forma clandestina tivessem origem legal, eles gerariam mais de R$ 100 milhões em arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e mais de R$ 20 milhões em Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Neste ano, a Receita Federal apreendeu, entre janeiro e junho deste ano, 9,8 milhões de cigarros ilegais no Espírito Santo, o que corresponde a 10,742% de aumento na apreensão.

Os municípios mais afetados pelo contrabando, de acordo com a pesquisa, estão Vitória, Rio Bananal, Serra, Cariacica, Vila Velha e Guarapari.

Um dos fatores atribuídos ao aumento da venda de produtos contrabandeados no Brasil, de acordo com o ETCO, é o preço médio do cigarro ilegal e do cigarro legal no Brasil.

Segundo o Ibope, o preço médio do maço do cigarro ilegal é R$ 3,58, enquanto o preço mínimo estabelecido pelo governo para o cigarro legal no Brasil é R$ 5.

A pesquisa ainda aponta para o aumento da ocorrência ilegal de cigarro no país pelo sexto ano seguido.

O Ibope diz que 57% de todos os cigarros consumidos no Brasil são ilegais: 49% foram contrabandeados (principalmente do Paraguai) e 8% foram produzidas por fábricas do país que operam de forma irregular.

A pesquisa foi realizada entre janeiro e abril, com entrevista presencial com 8.428 fumantes com idades de 18 a 64 anos, residentes em municípios com mais de 20 mil habitantes.