A universidade informou que a decisão foi tomada após a abertura de um inquérito administrativo disciplinar para apurar a conduta dos universitários. A comissão inicialmente considerou desligar os estudantes.

A Ufes, porém, considerou que essa foi primeira vez que infringiram o regulamento da universidade e que os estudantes estão no 12º período do curso de medicina. A comissão considerou o investimento feito nos alunos durante os seis anos de graduação e suspendeu um por 60 dias e outro por 90 dias, o que vai resultar no atraso da conclusão do curso. A pena é considerada severa pela instituição.

O universitário que foi vítima da exposição recebeu o diagnóstico de HIV em 2017. Ele fez o exame no Hucam e depois decidiu seguir o tratamento em outro hospital.

No ano passado, colegas da turma dele que faziam estágio no Hucam resolveram pesquisar os nomes dos estudantes dentro do sistema da instituição e encontraram o resultado do exame de HIV do estudante.

Para preservar a identidade da vítima, os nomes dos acusados também não serão revelados. O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES) também investiga o caso.

O Hucam, em nota, informou apenas que é campo para prática dos alunos ligados ao Centro de Ciências da Saúde, mas não responde pelo curso de medicina.

O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) informou que, como eles não são formados, não pode abrir sindicância sobre o caso.