A atividade foi passada pela professora substituta de ciências para alunos do 7º ano. Entre as questões estão: “O que é sexo oral?”, “Qual a importância de fazer sexo?”, “O que é masturbação?”.

A mãe de uma aluna de 12 anos que levou a atividade pra casa procurou a Comissão de Proteção à Criança da Assembleia Legislativa, que apura o caso.

“A diretora da escola e a professora serão ouvidas na próxima semana, e nós vamos então tentar entender tudo o que se passou e cobrar providências, apurando até as últimas consequências, cobrando então a consequente punição desse profissional que se excedeu”, disse o deputado estadual Lorenzo Pazolini.

O deputado, que é presidente da Comissão, disse que os alunos pesquisaram os termos na internet e se depararam com conteúdos pornográficos.

“As crianças então se dirigiram para as residências e fizeram pesquisas na rede mundial de computadores, a internet. Ao obterem respostas a essas pesquisas, elas receberam vídeos e fotos de cunho pornográfico, sexual, absolutamente inapropriados porque as perguntas conduziam a atos de masturbação e a atos de sexo oral”, falou.

A Prefeitura de Vila Velha informou que o conteúdo apresentado pela professora não consta no plano pedagógico das escolas municipais. Disse ainda que a professora foi afastada até que sejam concluídas as investigações.

O professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e doutor em Educação, Marco Antônio Gomes, explicou que a nova base curricular trata apenas das questões biológicas do sistema sexual reprodutivo.

Mas ele destaca que, durante as aulas com essa temática, surgem muitas perguntas sobre sexualidade por parte dos alunos.

“A previsão é falar apenas sobre a parte biológica, mas nós professores sabemos que na sala de aula, um assunto previsto que você colocar de um currículo prescrito vai se ampliar, e é o esperado”, falou o doutor.