Em uma semana, cinco lojas foram invadidas por criminosos em Mimoso do Sul, Água Doce do Norte, Anchieta, Rio Novo do Sul e Vila Velha. Três crimes ocorreram em um mesmo dia.

O delegado Lorenzo Fontes, da Polícia Federal, afirma que os assaltos refletem a fragilidade da segurança dessas agências.

“A gente observa esse crescimento desde 2017 e atribuímos principalmente a fragilidade do aparato de segurança dos Correios. A lei não exige deles, eles funcionam como correspondentes bancários. A lei não exige, por exemplo, que os Correios tenha um vigilante, que tenha uma porta giratória e lá funciona como uma lotérica e tem dinheiro depositado e não tem essa exigência legal”, pontuou o delegado.

Lorenzo Fontes destaca ainda que muitos crimes deixam de ser solucionados devido a qualidade ruim das câmeras de videomonitoramento das agências, o que impede que suspeitos sejam identificados.

“Na maioria das vezes as câmeras não têm qualidade suficiente para conseguirmos identificar essas pessoas. Os Correios relatam uma dificuldade orçamentária e de normativo para não atender as orientações da polícia”, disse.

A Polícia Federal acha que os casos têm relação entre si e que mais de uma quadrilha está agindo no Espírito Santo.

“Desde o começo desses assaltos foram presos e identificados mais de 80 criminosos. Eles aprendem e vão passando isso para pessoas que estão dentro dos próprios grupos. Eles vão ensinando as estratégias para outros e cometendo assaltos. Alguns criminosos, por exemplo, ficam presos um ano e depois são soltos para responder em liberdade. Depois que saem eles voltam a assaltar agências. Um deles, inclusive, já foi preso e agora continua assaltando agências. Ele está foragido”, concluiu.