Estado adota estratégias para recuperação do esquema de vacinação de crianças menores de cinco anos 1
As estratégias visam a garantir a proteção e o cuidado de crianças, que por algum motivo não apresentam as doses de imunização completas

 

O Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, da Secretaria da Saúde (Sesa), em parceria com as Superintendências Regionais de Saúde e os municípios capixabas deram início às estratégias de recuperação do esquema de vacinação de crianças menores de cinco anos que possam estar atrasado.

Recomendadas pelo Ministério da Saúde, os municípios realizam, desde o início de dezembro, as ações de administração simultânea de múltiplas vacinas em cada visita, aproveitando as oportunidades de vacinação; e o uso de intervalos mínimos entre as doses de cada vacina, desde que tenha sido atingida a idade recomendada para a referida dose.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo, as estratégias visam a garantir a proteção e o cuidado de crianças, que por algum motivo não apresentam as doses de imunização completas, ou seja, que estão em situação de atraso vacinal.

“A pandemia de Covid-19 trouxe impactos na vacinação, já que muitas famílias deixaram de buscar os serviços de imunização, mesmo sendo serviços essenciais. A criança não vacinada ou com atraso no seu esquema vacinal fica exposta ao risco de contaminação, pois não está devidamente protegida”, salientou a profissional.

De acordo com dados preliminares do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, a estimativa é de que, no Espírito Santo, existam em média, 80% de crianças menores de cinco anos vacinadas conforme o calendário nacional infantil, quando a meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%.

“Considerando uma situação normal, uma família leva sua criança ao menos nove vezes ao serviço de vacinação até completar 1 ano e 3 meses. Já em uma situação de atraso significa que a família não está aderindo ao esquema, e não podemos perder as oportunidades, por isso estamos incentivando as equipes a realizar múltiplas vacinações. Além disso, também iremos adotar o intervalo mínimo entre as doses para diminuir o tempo que essa criança fica suscetível à doença”, explicou Danielle Grillo.

Ainda, segundo Danielle Grillo, a expectativa é que as estratégias continuem em 2021 para alcançar a meta de imunização de cada vacina.

 

Vacinas no calendário nacional infantil

São vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde às crianças de zero a 15 meses de idade: BCG, Hepatite B, Rotavírus, Pentavalente, DTP, Poliomielite, Pneumocócica 10, Meningocócica C, Febre Amarela, Tríplice viral, Tetra viral, Hepatite A.

No Espírito Santo, estima-se que 119.636 mil crianças precisam colocar as vacinas em dia, segundo dados preliminares Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações.