O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta sexta-feira (14) que vai demitir o presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, por ele ter se comportado como “sindicalista”.

Bolsonaro diz que vai demitir presidente dos Correios por 'comportamento de sindicalista'

Bolsonaro diz que vai demitir presidente dos Correios por ‘comportamento de sindicalista’

Ao final de um café da manhã com jornalistas, o presidente comentou que deve exonerar Juarez nos próximos dias por seus gestos durante audiência pública na Câmara.

Desagradou o presidente o fato de o general ter tirado foto com parlamentares de esquerda e de ter dito que não haverá privatização dos Correios, como é planejado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ele disse ainda que está estudando um substituto para o cargo.

Bolsonaro recebeu jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto para um café da manhã nesta sexta.

A declaração sobre o presidente da estatal se deu quando ele comentava sobre a saída do general Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria de Governo, formalizada na quinta (13).

Procurada pela Folha, a assessoria dos Correios informou que , por enquanto, não vai se manifestar.

DEMISSÃO DE GENERAL
O presidente Bolsonaro demitiu na quinta-feira (13) o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo da Presidência da República.

A queda do ministro, antecipada pela Folha, foi a terceira no primeiro escalão em menos de seis meses de mandato.

O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, confirmou que Santos Cruz será substituído pelo general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, que é comandante militar do Sudeste.

Desde que chegou ao Planalto, em janeiro, Santos Cruz se envolveu em seguidas crises com os filhos do presidente, além de um embate com o escritor Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro. A comunicação de governo era um dos principais pontos de disputa. ​

Santos Cruz foi avisado de sua demissão em reunião com o presidente e com o ministro Augusto Heleno, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que ocorreu 12h20 no Palácio do Planalto, pouco antes de Bolsonaro decolar para Belém para uma agenda de governo.