Câmara Técnica de DST, AIDS e Hepatites virais discute novidades para tratamentos 1
A REUNIÃO recebeu médicos, enfermeiros, serviços especializados e sociedade civil.

 

A Coordenação do Programa DST/Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), realizou uma reunião da Câmara Técnica Estadual Normativa para a discussão sobre vacina pneumocócica 13-valente e a profilaxia da tuberculose em pessoas vivendo com HIV/Aids.

De acordo com a coordenadora do Programa DST/Aids, Sandra Fagundes Moreira, o Ministério da Saúde informou que até o final de setembro, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizará uma nova vacina às Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (PVHA).

“O paciente HIV positivo agora tem o direito de receber a vacina pneumocócica 13-valente, contra a pneumonia, meningite, doença invasiva e otite, por meio do SUS. No Estado, ela será disponibilizada no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie) ”, informou a coordenadora.

Segundo a infectologista pediatra do Crie, Ana Paula Burian, que ministrou uma aula para explicação da vacina durante a reunião, o ganho à saúde púbica será excelente. “Uma pessoa com HIV positivo tem 100 vezes mais chances de ter complicação caso tenha uma infecção por pneumocócico comparado a uma pessoa saudável. Será um ganho muito grande, pois a vacina protege os sorotipos que são resistentes aos antibióticos”, disse.

Além disso, durante a reunião, que recebeu médicos, enfermeiros, serviços especializados, sociedade civil, a coordenação comunicou a recomendação do Ministério sobre o tratamento da Infecção Latente por Tuberculose (ILTB), que contou com uma aula da médica do Serviço de Tuberculose, Cláudia Biasutti.

O objetivo, segundo Sandra Fagundes, é incentivar os serviços e os pacientes para mostrar que todos têm direito ao medicamento chamado Isoniazida. “É para o tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB), para que não desenvolvam a tuberculose. É um medicamento gratuito e distribuído em nossos serviços, por meio das Unidades de Distribuição de Medicamento (UDM) ”.

Ministério da Saúde reforça a recomendação de vacinação e alerta sobre sarampo

Na Norma Informativa Nº 85/2019, o Ministério da Saúde reforçou as indicações de vacinação para as Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA) e recomendou o adiamento da administração de vacinas em pacientes sintomáticos ou com imunodeficiência grave, como o caso da vacina contra o sarampo.

Na reunião, a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, fez uma explicação sobre a nota do Ministério, informando que as pessoas que vivem com HIV podem receber todas as vacinas do calendário nacional, desde que não apresentem imunodeficiência grave.

No caso da vacina contra o sarampo, o alerta do Ministério da Saúde é, segundo Sandra Fagundes Moreira, para não vacinar caso estejam com a imunidade baixa. A determinação vale até que tenha a sua reconstituição imune.

“A vacina é vírus vivo e é perigoso tomar e desenvolver a doença grave. As pessoas com baixa imunidade não podem tomar vacina contra sarampo”, explicou.