O principal suspeito de ter assassinado o fazendeiro Wolmar Borges, de 56 anos, confessou em depoimento à polícia ter cometido o crime. Segundo o delegado Fabrício Lucindo, chefe da 16ª Delegacia Regional de Linhares, Edeval Zuccon, de 51 anos, disse estar arrependido.

Em depoimento, fazendeiro confessa crime à polícia e diz estar arrependido 1

Edeval Zuccon é suspeito de assassinar fazendeiro, em Linhares.

“Ele disse que está arrependido de ter cometido o crime, que realmente a história é aquela mesma, por conta de uma discussão no local, no tocante àquela passagem da água de um lado para o outro, que acabaram os nervos se exaltaram, e ele acabou assassinando o colega. Segundo ele, está arrependido de ter cometido o crime”, revela o delegado.

Edeval, apontado pela polícia como principal suspeito de ter assassinado a tiros o fazendeiro na última segunda-feira (10), se apresentou na Delegacia de Ibatiba. A Justiça já havia expedido contra ele um mandado de prisão temporária e, por esse motivo, ele já era considerado foragido.

Ainda de acordo com Lucindo, Edeval estava no município de Brejetuba, na Região Sul do Espírito Santo. Sabendo que poderia ser preso a qualquer momento, o suspeito se entregou. “Ele se apresentou ontem ao delegado regional de Ibatiba, o delegado cumpriu a prisão dele e encaminhou ele para Venda Nova. Lá ele foi interrogado, confessou o crime e foi encaminhado para o CDP de Viana”, explica.

INVESTIGAÇÃO
As investigações seguem sob responsabilidade da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Linhares. Com a prisão de Edeval, o inquérito deverá ser concluído nos próximos dias e encaminhado para o Poder Judiciário. “Ele está preso no CDP de Viana, o delegado de homicídios de Linhares vai concluir o inquérito e encaminhar à Justiça, para decidir se vai decretar a prisão preventiva dele ou não”, conclui.

ENTENDA O CASO
Wolmar Borges, de 56 anos, foi assassinado a tiros no interior de Linhares, na Região Norte do Espírito Santo, na tarde da última segunda-feira (10). De acordo com a Polícia Militar, testemunhas contaram que a vítima não queria que uma vala na região fosse fechada, porque a propriedade dele estava alagada por causa da cheia do Rio Doce, no final de janeiro.

No entanto, o suspeito de atirar discordava, alegando que a vala estava na sua propriedade. Os dois começaram a discutir e, em seguida, o homem sacou a arma e efetuou o disparo que matou Wolmar.