A mãe do bebê de dois meses encontrado enforcado dentro de casa no município de Ecoporanga, no Espírito Santo, neste domingo (13), confessou ser a responsável pela morte da criança. Ela tem 20 anos, foi detida e será encaminhada ao presídio. O pai do menino foi ouvido e liberado.

De acordo com a Polícia Civil, o pai contou que saiu de casa, no Córrego Osvaldo Cruz, no interior do município, por volta das 5h de domingo para tirar leite. Ao voltar, encontrou a esposa com pés e mãos amarradas e o filho, Bryan Henrique Sousa Veronez, enforcado, já sem vida.Polícia Civil esteve na casa onde criança foi encontrada morta, em Ecoporanga — Foto: Itamar Júnior

Na ocasião, o homem disse à polícia que vinha sofrendo ameaças através de cartas que eram colocadas debaixo da porta.

A polícia foi acionada e o casal levado para a Delegacia Regional de Barra de São Francisco. Segundo o delegado de plantão, Daniel Nogueira, inicialmente, a mãe contou que duas pessoas arrombaram a janela, enforcaram o bebê e depois a amarram. Entretanto, os policiais não encontraram indícios de arrombamento na casa.

Depois, a mãe acabou confessando o crime. Ela disse que sofre de depressão pós-parto e assumiu que matou o próprio filho porque achava que o marido não quisesse a criança. Segundo a polícia, ela asfixiou o bebê e fingiu ter sido amarrada e vendada.

Bebê foi encontrado morte em casa, em Ecoporanga — Foto: Arquivo Pessoal

A polícia acredita que a mulher premeditou a morte do bebê e escreveu as supostas ameaças para forjar o crime.

Na semana passada, o pai já tinha registrado uma ocorrência na polícia porque alguém colocou veneno no frasco de vitaminas do bebê. Por isso, a polícia diz ter indícios suficientes de que ela já tinha tentado matar a criança antes.

A suspeita foi autuada em flagrante pelo crime de homicídio qualificado e pelo crime previsto no artigo 347 no Código Penal: Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito.

Ela será encaminhada para o Centro Prisional Feminino de Colatina.

O corpo do bebê foi encaminhado para o Serviço Médico Legal (SML) de Colatina, para ser liberado para os familiares e para ser feito o exame cadavérico.