Pacientes de doenças crônicas e pessoas que fazem tratamento psiquiátrico denunciam que há mais de um ano não estão recebendo os medicamentos

Pacientes que precisam de remédios cedidos pelo município estão sem poder continuar o tratamento de doenças, inclusive crônicas, por conta da falta dos medicamentos.

Há meses, pacientes reclamam que não estão recebendo remédios de uso contínuo para colesterol, coração, pressão alta, depressão e até de uso psiquiátrico.

É o caso da aposentada M. F. S. 71 anos. Ela vive uma dura rotina para tratar a sua depressão que foi diagnosticada há cinco anos. Segundo ela, há mais de um ano que a Prefeitura não fornece os medicamentos Sertralina de 50 MG e Clonazepam de 2 MG, com isso está tendo bastante dificuldades para dormir e continuar o tratamento da depressão.

“Não sei mais o que fazer, com o meu salário preciso fazer feira, pagar água, energia e uma pessoa para me ajudar limpar a casa, pois além da depressão tenho artrose na coluna e não posso fazer esforço físico. Gostaria de saber para onde está indo o dinheiro do povo?”, indagou.

Quem também está sofrendo com o descaso da Prefeitura é o braçal J.S. F. de 55 anos, ele foi diagnosticado com hipertensão arterial e disse que há mais de oito meses que a Prefeitura não fornece medicamentos para controlar a doença.

“É revoltante você trabalhar a vida toda e mesmo sem poder, ter que pagar impostos e depois não ser retribuído pelas nossas autoridades. Nem sempre meu dinheiro é suficiente para pagar minhas contas, pois tenho três filhos para sustentar”, desabafou.

A dona de casa R.P.L, 45 anos, disse que a falta de medicamentos não é uma novidade na Farmácia da Prefeitura, situação que causa muita revolta e preocupação. Ela tem diabetes e está tendo dificuldades para manter o tratamento.

“Faço uso de metformina de 850 MG para controlar minha diabetes, mas na Farmácia só tem de 500 MG, e a informação que recebi é que não tem previsão de chegada, bem como o Clonazepam que uso para dormir. Remédios que deveriam ser entregues gratuitamente aos pacientes do Sistema Único Saúde (SUS) estão em falta há mais de um ano e tem gente que fala que a nossa saúde é referencia no estado, sinceramente não entendo”,questionou indignada.

Tudo indica que esse sofrimento está longe de ter um fim, pois não é a primeira vez que essa situação acontece e o Prefeito Arnóbio já tem deixado claro que investir em saúde não é a sua prioridade.