Pastora Juliana Salles é presa em Minas Gerais 1

Juliana foi convocada pelo senador Magno Malta, que preside os trabalhos da CPI

A pastora Juliana Salles, mãe dos irmãos Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Alves, de 3 anos, foi presa na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, na noite desta terça-feira (19). O mandado de prisão foi expedido pelo juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, na última segunda-feira (18), no mesmo dia em que a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual contra Juliana e o pastor Georgeval Alves. O pastor está preso acusado pela polícia de ter estuprado e matado o filho e o enteado.

Na denúncia, a promotora Rachel Tannenbaum, da 2ª Promotoria Criminal – crimes dolosos contra a vida – de Linhares, responsável pelo caso, acusa a pastora Juliana de ter conhecimento do risco que as crianças sofriam por estarem sozinhas com o pastor George, o que caracteriza omissão por parte de Juliana. Em entrevista exclusiva ao Gazeta Online, a promotora informou que o pastor George vai responder na justiça por: dois homicídios qualificados; dois estupros de vulneráveis; dois crimes de tortura; e fraude processual por ter alterado a cena do crime. A pastora Juliana, apesar de não estar em casa no dia do crime, vai responder também por dois homicídios; dois estupros de vulnerável; e também por fraude processual.

O juiz André Dadalto determinou que a prisão fosse cumprida pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Norte, que tentou cumprir o mandado ainda em Linhares, na última segunda-feira. Os promotores descobriram, então, que a pastora Juliana estava em outro estado. O Gaeco Norte pediu ajuda ao Gaeco em Minas Gerais, que conseguiu cumprir o mandado na noite desta terça, na cidade de Teófilo Otoni.

Juliana será transferida para o Espírito Santo ainda na tarde desta quarta-feira, e deve ficar numa prisão de Colatina. Ela estava em Minas há cerca de duas semanas e, recentemente, a defesa dela pediu o adiamento do depoimento que ela daria para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos, em Brasília, que seria na última semana. Havia a expectativa de que ela ficasse frente a frente com o marido na CPI.

O OUTRO LADO

A reportagem do Gazeta Online tenta contato com os advogados de defesa da pastora Juliana

A CRONOLOGIA DOS FATOS

21 DE ABRIL

Irmãos morrem carbonizados

Na madrugada do dia 21 de abril, um incêndio em uma casa no Centro de Linhares deixou os irmãos Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Alves Salles, de 3 anos, mortos carbonizados. De acordo com um amigo da família, o pastor George Alves estava sozinho na residência com as duas crianças. A suspeita inicial era de que um aparelho eletrônico poderia ter causado o fogo.

22 DE ABRIL

Ida à igreja no dia da tragédia

No mesmo dia da morte dos meninos, George Alves e Juliana Salles estiveram na igreja e receberam carinho dos amigos. Na filmagem, também dá pra ver o pastor com os pés enfaixados. No dia seguinte à tragédia, George escreveu uma mensagem de agradecimento. “Quero agradecer a todos a solidariedade e as orações. Quero dizer que só há um caminho, e esse caminho não acaba na cruz, mas na ressurreição. Gere expectativa. Logo mais nosso culto sobrenatural #EU DISSE VOU ATÉ O FIM# *Estarei ministrando, espero vcs”, publicou.

23 DE ABRIL

Exame de DNA no Departamento Médico Legal

George e Juliana saíram de Linhares e foram até o Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, local para onde os corpos das crianças foram levados e passaram por exames para identificação, através do DNA. Muito abalada, Juliana ficou o tempo todo ao lado do marido, mas preferiu não dar declarações à imprensa.

Pastora Juliana Salles é presa em Minas Gerais 2

Pastor George Alves, pai biológico de Joaquim e de criação de Kauã, ao lado da companheira Juliana Salles, mãe das crianças, na porta do DML em Vitória

24 DE ABRIL

Polícia voltou à casa

Uma equipe de engenheiros da Polícia Civil realizou uma segunda perícia na casa onde os irmãos morreram. O pastor foi ao local acompanhar o trabalho. Uma equipe do Corpo de Bombeiros também esteve na casa. A polícia também recolheu câmeras de segurança da rua. Após a perícia, George foi levado, em uma viatura descaracterizada, para a 16ª Delegacia Regional de Linhares. Lá, ele foi ouvido e prestou depoimento durante quatro horas.

25 DE ABRIL

Mãe e testemunhas são ouvidas

O pastor George Alves e a esposa Juliana Sales foram à delegacia de Linhares, acompanhados de amigos. O casal chegou à delegacia às 14h30 e, após uma hora e meia, saíram do local em silêncio. Pela manhã, Juliana foi à delegacia para depor e só saiu cerca de quatro horas depois. Duas testemunhas que tentaram ajudar o pastor George Alves durante o incêndio também prestaram depoimento à polícia.

26 DE ABRIL

Mulheres moravam na casa

Duas mulheres que moravam em um quarto da casa incendiadaprestaram depoimento na 16ª Delegacia Regional de Linhares. Elas não estavam no imóvel no momento do incêndio, mas, como são amigas da mãe das crianças, e moravam na residência, estão sendo ouvidas como testemunhas.

27 DE ABRIL

Terceira perícia e revelações

Uma terceira perícia foi realizada na casa. Os peritos utilizaram a substância luminol, um produto usado para detectar vestígios de sangue. Neste dia, duas informações vieram à tona. Uma é que a polícia tem certeza que o pastor estava em casa quando o fogo começou. A hipótese de as crianças estarem sozinhas foi descartada. A segunda é que o exame de lesão corporal feito em George Alves apontou uma pequena bolha de queimadura no pé, do tamanho de uma moeda.

28 DE ABRIL

A prisão

pastor George Alves foi preso após a Justiça expedir um mandado de prisão temporária por 30 dias. Há indícios de que o pastor estava atrapalhando as investigações do incêndio que matou as crianças, na casa em que moravam, e modificou a cena dentro do imóvel.

29 DE ABRIL

Pai de Kauã faz declaração

Ainda muito abalado pela perda do filho Kauã, de 6 anos, morto no incêndio que matou também o irmão Joaquim, de 3 anos, o comerciante Rainy Butkovsky disse não ter dúvidas de que foi o pastor George Alves o responsável pelas morte das duas crianças.

30 DE ABRIL

Polícia investiga se irmãos foram agredidos ou dopados

Os irmãos passaram por uma análise para saber se foram agredidos ou dopados na noite do incêndio. O resultado do laudo não foi divulgado.

Casa passa por 4ª perícia

Um auxiliar de perícia e outros três bombeiros ficaram cerca de uma hora e meia na casa do pastor George Alves, de 36 anos, em Linhares. Lá, ele recolheu alguns materiais no quarto. Essa foi a quarta perícia realizada no imóvel.

CARRO USADO PELO PASTOR É APREENDIDO

O carro que era usado pelo pastor George Alves foi apreendido no dia 30 de abril. As informações foram obtidas com exclusividade pelo Gazeta Online. O veículo pertencia a um membro da Igreja Batista Vida e Paz, mas estava emprestado ao pastor George.

1 DE MAIO

O pastor George está em uma cela isolada no Centro de Detenção Provisória de Viana II, na Grande Vitória, por questões de segurança. Preso por estar atrapalhando nas investigações da polícia, o ex-cabeleireiro também recebe mais atenção nos banhos de sol para que sua integridade física seja mantida.

2 DE MAIO

Peritos usaram luminol em carro de pastor

O carro que era usado pelo pastor passou por perícia da Polícia Civil. O trabalho foi realizado por peritos de Vitória e foi usado luminol, substância utilizada para detectar vestígios de sangue. As informações foram obtidas com exclusividade pelo Gazeta Online.

3 DE MAIO

Pastora prestou depoimento à polícia

A pastora Juliana Salles prestou depoimento na Delegacia Regional de Linhares. Ela chegou no local por volta das 7h30 acompanhada de uma advogada. Por volta das 11h35, a pastora deixou o local em uma viatura descaracterizada da Polícia Civil.

Na ocasião da prisão do marido, a pastora Juliana disse à produção da TV Gazeta que já esperava pela prisão dele. “Não por achar que ele tenha culpa, mas esperava [a prisão] pela forma que seguia a linha de investigação da polícia”. A pastora afirmou que está muito abalada com todos os fatos e que não falaria mais sobre o caso. Ela teve o celular apreendido durante o depoimento

Carro usado por pastor é devolvido ao dono

O veículo, um Classic, cor preto, que era usado pelo pastor George Alves foi devolvido ao dono. O carro pertencia a um membro da Igreja Batista Vida e Paz, localizada em Linhares. O proprietário prestou depoimento na Delegacia Regional de Linhares.

Pastora recebeu ameaças de morte

A pastora Juliana Salles está recebendo ameaças de morte. A afirmação é dos advogados que fazem a defesa do pastor George Alves. Ainda de acordo com os advogados voluntários que fizeram a defesa do pastor, a mãe das crianças estava muito abalada após a perda trágica de Kauã e Joaquim e que tem se sentido pressionada por causa de falsas notícias veiculadas nas redes sociais.

5 DE MAIO

Prontuário de pastor não relatou queimaduras

prontuário médico do pastor George Alves no Hospital Geral de Linhares (HGL), atendido poucas horas após o incêndio, não trouxe nenhuma informação sobre queimaduras. O exame de lesão corporal apontou uma pequena bolha do tamanho de uma moeda em um dos pés dele.

Pastor e esposa vão à lanchonete após tragédia

O pastor George Alves esteve em uma lanchonete no dia da tragédia. Um vídeo obtido com exclusividade pela TV Gazeta Norte mostra o pastor no local com a esposa, a pastora Juliana Salles – que voltou de viagem assim que soube das mortes dos filhos-, o filho mais novo do casal e membros da Igreja Batista Vida e Paz, por volta de 22h45, após um culto na noite daquele sábado.

7 DE MAIO

Corpos de irmãos são identificados e liberados

Os corpos dos irmãos Kauã, 6 anos, e Joaquim, 3, foram identificados e liberados no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. No dia 23 de abril, o pastor George Alves e a esposa, a pastora Juliana Salles, colheram material genético no DML para ajudar na identificação das crianças. O pai de Kauã, o comerciante Rainy Butkovsky, 31, também foi ao DML.

Justiça negou habeas corpus a pastor

O pedido de habeas corpus feito pelos advogados do pastor George Alves foi negado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo. A análise do pedido de HC foi feita pelo Desembargador substituto Júlio César Costa de Oliveira, que não aprovou o pedido de liberdade do pastor.

8 DE MAIO

Diretora de escola prestou depoimento à polícia

A diretora da escola em que Joaquim, de 3 anos, estudava — e que o irmão Kauã, 6 anos, já estudou —prestou depoimento à polícia na 16ª Delegacia Regional de Linhares. Ela ficou cerca de 20 minutos no local.

Na saída, a mulher conversou com a reportagem do Gazeta Online e explicou que não sabia detalhes sobre os meninos e nem como era o relacionamento de George Alves e Juliana Salles com a escola, devido ao grande número de alunos matriculados na instituição.

Médico do SML foi à delegacia

O médico legista Carlos Alberto Ribeiro Vilhagra, do Serviço Médico Legal de Linhares (SML), chegou por volta das 9 horas na 16ª Delegacia Regional do município. O médico, que fez o primeiro exame de lesões no pastor George Alves, no caso que investiga as mortes dos irmãos, foi até a unidade mas, questionado pela imprensa, não quis dar declarações.

Pastor não é liberado para ir a enterro

O pastor George Alves, não foi ao sepultamento dos meninos Kauã e Joaquim. À reportagem do Gazeta Online, uma advogada da família explicou que não fez o pedido de liberação do pastor para acompanhar o sepultamento porque temia pela integridade física dele.

9 DE MAIO

Justiça autorizou a liberação de corpos 

A advogada Taycê Aksacki, que representa a família da pastora Juliana Salles, mãe dos meninos Kauã, 6 anos, e Joaquim, 3, saiu do Fórum da cidade por volta das 15 horas e informou que o juiz deu a sentença que deu o direito da família registrar o óbito tardio das crianças, trâmite que faltava para que a funerária pudesse buscar os corpos.

Sem velório

A advogada Taycê Aksacki disse que não haveria velório. A advogada informou que o enterro seria restrito a poucos familiares e amigos.

PM autorizou escolta para pastora

O Tenente Coronel Werison Risperi, comandante da Polícia Militar de Linhares, autorizou a escolta solicitada pela pastora Juliana Salles. Em entrevista ao Gazeta Online, o coronel declarou que a equipe da PM esteve no local para garantir a segurança e minimizar possíveis problemas.

Professores relembraram convívio com irmãos

Sentada em uma sala da secretaria de uma creche em Linhares, a professora Keila Augusto Ferreira tentava disfarçar a tristeza e enxugava as lágrimas ao lembrar do menino Joaquim Alves, de 3 anos. A poucos metros de distância da creche, o clima também é de luto na escola onde estudava o garoto Kauã Salles, de 6 anos. Os dois irmãos foram vítimas do trágico incêndio que aconteceu no centro de Linhares, no dia 21 de abril. Dois garotos muito elogiados pela animação que tinham no dia a dia e pela alegria que traziam para os colegas de classe.

10 DE MAIO

Certidão de óbito apontou causa “indeterminada”

As declarações de óbito dos irmãos apontaram a causa da morte das crianças como “indeterminada”. Os documentos, obtidos com exclusividade pela TV Gazeta Norte e aos quais o Gazeta Online teve acesso, foram feitos após a necrópsia dos médicos legistas do DML.

Pastora se despede em enterro

“Tá doendo, pai. É verdade isso? Ai meu Deus do céu”. Essas foram as primeiras palavras ditas pela pastora Juliana Salles, mãe dos irmãos Kauã, 6 anos, e Joaquim, de 3 anos, ao chegar ao Cemitério São José, em Linhares, onde os corpos dos filhos foram enterrados.

Pai de Kauã se despede com oração

Logo após o enterro dos irmãos Kauã e Joaquim, no Cemitério São José, no bairro Interlagos, em Linhares, Norte do Estado, um rapaz que acompanhava o pai de Kauã convidou as pessoas que permaneceram ao lado do túmulo a curvar a cabeça e fazer uma oração. Na prece, ele pediu que Deus confortasse o coração de todos.

Bombeiros que apagaram incêndio prestaram depoimento

Dois militares do Corpo de Bombeiros que atenderam a ocorrência de incêndio na casa onde as crianças morreram carbonizados, prestaram depoimento da 16ª Delegacia Regional de Linhares. Os militares chegaram na delegacia por volta de 9 horas da manhã e permaneceram no local por duas horas. Eles faziam parte da equipe de 10 militares que trabalhou para apagar o incêndio na residência.

Igreja liderada por George é fechada

A Igreja Batista Vida e Paz, que era liderada pelos pastores George Alves e Juliana Salles, está fechada. É o que revelaram vizinhos do templo, que fica no bairro Interlagos, em Linhares, Norte do Estado. No dia do enterro dos irmãos, a reportagem da TV Gazeta Norte esteve no local no período da tarde e encontrou o portão trancado com corrente e cadeado. As placas de identificação da igreja foram retiradas. Um fonte também revelou que os fiéis se reúnem todo domingo na casa de um membro diferente da igreja, pois estão com medo de retaliação desde que o local foi depredado.

11 DE MAIO

Mais dois bombeiros prestaram depoimento

Mais dois bombeiros que participaram do combate ao incêndio, prestaram depoimento na 16ª Delegacia Regional de Linhares. Eles ficaram no local por cerca de 40 minutos.

Sexta perícia foi realizada na casa

A casa onde os irmãos Kauã e Joaquim morreram carbonizados, passou por uma nova perícia. Dois peritos da Polícia Civil de Vitória foram até Linhares para realizar os trabalhos. Essa foi a sexta perícia realizada no imóvel desde o dia da tragédia.

Na primeira meia hora de trabalho, um dos peritos saiu duas vezes para buscar ferramentas na viatura. Por volta das 16h15, dois bombeiros chegaram ao imóvel. A equipe fez medição dos cômodos da casa e deixou o local após três horas, por volta das 17h45.

14 DE MAIO

Membros da igreja do pastor George serão ouvidos

A Polícia Civil continua as investigações. Segundo fontes ligadas à Polícia Civil, dois membros da Igreja Batista Vida e Paz, liderada pelo pastor George Alves, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, preso desde o dia 28 de abril por atrapalhar as investigações, serão ouvidos, a requerimento da defesa do pastor.

16 DE MAIO

Pastor Eufrásio Marques presta depoimento na delegacia

Três advogados de defesa do pastor George Alves chegaram à 16ª Delegacia Regional de Linhares na manhã desta quarta-feira (16), por volta de 8h50, acompanhando o pastor Eufrásio Marques, que veio depor a pedido dos advogados Taycê Aksacki, Rodrigo Duarte e Hebert Gonçalves.

Em breve entrevista à reportagem do Gazeta Online, quando perguntados sobre o novo pedido de habeas corpus do pastor, os advogados disseram que vão tomar todas as medidas cabíveis para a defesa de Georgeval Alves, conhecido como pastor George.

Logo em seguida, sozinho, o pastor Abisaí Junior chegou, às 9h15 da manhã, e subiu para também prestar depoimento. Eles são os dois membros da Igreja que vieram dar seus depoimentos a pedido dos advogados de defesa do pastor Georgeval Alves. Às 11h05, o pastor Eufrásio Marques deixou a delegacia.

Perícia particular em imóvel é negada

O pedido de uma perícia particular feito pela junta de advogados que fazem a defesa do pastor George Alves, protocolado na 16ª Delegacia Regional de Linhares, foi negado pela Polícia Civil.

O advogado Helbert Gonçalves, que também representa o pastor, informou que o requerimento de perícia na casa do pastor foi indeferido. “Foi feito um requerimento, mas de imediato foi indeferido. Vamos ver o que o inquérito vai concluir”, disse.

Os motivos da recusa não foram divulgados. Para que a perícia particular fosse realizada na casa onde os irmãos Kauã, de 6 anos, e Joaquim, de 3 anos, morreram carbonizados em um incêndio no Centro de Linhares, era necessária a autorização da polícia.

Médica que atendeu pastor prestou depoimento

A médica que atendeu o pastor George Alves prestou depoimento à polícia na 16ª Delegacia Regional de Linhares, na tarde desta quarta-feira (16). A profissional chegou ao local às 15h10 e saiu por volta das 16h18. Ela não quis falar com a imprensa.

Defesa não comenta sobre novo pedido de habeas corpus

Os advogados de defesa não confirmaram se fizeram ou mesmo se farão um novo pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) para o pastor Georgeval Alves Gonçalves.

“O procedimento do processo a gente não pode divulgar e a gente prefere manter em sigilo. Estamos aguardando a conclusão do inquérito que continua correndo em segredo de justiça”, disse Helbert Gonçalves, um dos advogados que fazem a defesa do pastor.

O primeiro pedido foi negado pelo TJES, na decisão do Desembargador substituto Júlio César Costa de Oliveira, na noite da última sexta-feira (4). Os detalhes da decisão não foram divulgados.

17 DE MAIO

Polícia trabalha com linha de investigação de homicídio

A Polícia Civil já trabalha com a linha de investigação de homicídio no caso do irmãos mortos em Linhares no dia 21 de abril. A afirmação é do delegado André Costa, que conversou com a equipe do Gazeta Online nesta quinta-feira (17). Pela primeira vez a polícia usou a palavra “homicídio” em relação ao caso. O pedido de prisão temporária para mais 30 dias também foi feito nesta manhã à Justiça.

Saindo da 16° Delegacia Regional de Linhares, Costa declarou: “A Polícia Civil trabalha com a linha de investigação de homicídio em relação às crianças e ao investigado”.

De acordo com a delegada Suzana Garcia, a investigação está na fase final. “Em breve a Polícia Civil vai entregar o resultado sobre a elucidação dos fatos. Não tem prazo, mas está na fase final”.

23 DE MAIO

O pastor George Alves estuprou o próprio filho, Joaquim Alves Salles, de 3 anos, e o enteado, Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, antes de agredir e atear fogo nas crianças ainda vivas. Os crimes ocorreram no dia 21 de abril, na casa onde a família morava, no Centro de Linhares, Região Norte do Espírito Santo.

As revelações sobre o caso, que deixou uma cidade inteira de luto e chocou o Estado e o país, foram dadas por uma força-tarefa da Polícia Civil, em uma entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta quarta-feira (23).