A prisão dos três policiais foi realizada pela Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (Deten) durante uma operação que apurava tráfico de drogas em Carapebus, na Serra, região da Grande Vitória, em 2017. Ao todo, foram apreendidos 369 kg de maconha em 331 tabletes. A droga estava em um carro que era escoltado por um veículo que pertencia ao PM.

A autorização para Johnny fazer a prova discursiva do concurso foi do desembargador Adalto Dias Tristão, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). Durante às 5 horas de aplicação do exame, o ex-policial foi escoltado por policiais militares. Johnny já havia deixado a prisão antes para fazer a primeira prova do concurso para delegado.

O policial foi condenado por tráfico e associação ao tráfico em primeira instância e ainda pode recorrer da decisão. Johnny já havia deixado a prisão antes para fazer a primeira prova do concurso para delegado.

Na decisão do desembargador, Tristão afirmou que “caso o réu venha a ser absolvido no recurso, haverá prejuízo irreparável em razão da não autorização de saída do mesmo para realização da prova”.

Policial preso é liberado pela justiça para fazer concurso de delegado 1
FORAM apreendidos 369 kg de maconha em 331 tabletes.

Além do concurso para delegado, Johnny também saiu da prisão em março deste ano para fazer concurso para outra área da Polícia Civil.

O advogado de Jhonny, David Metzker, explicou que o policial não foi desligado pela corporação e que o caso ainda não foi transitado em julgado nem na justiça e nem na corregedoria da Polícia Militar.

De acordo com o advogado, o policial disse que foi ao local à convite de um dos policiais civis que teriam recebido uma informação sobre a chegada de uma grande quantidade de droga no Espírito Santo.

Segundo David, os policiais encontraram a droga e não tinham informado ao Ciodes, por isso, o delegado do caso entendeu que eles estavam no local para pegar a droga e não para aprendê-la. A juíza teve o mesmo entendimento e condenou os policiais a 15 anos de prisão.

O advogado, no entanto, disse que o depoimento de um informante que confirmava a versão dos policiais não foi anexado ao processo no cartório antes do julgamento, sendo feito após a sentença da juíza.

Por isso, Metzker entrou com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) e com recurso no TJES.