Projeto de lei quer que venda de cigarros eletrônicos seja proibida no ES 1
Imagem ilustrativa.

Tramita na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 773/2019, que proíbe a comercialização de cigarros eletrônicos no Espírito Santo, conhecidos como e-cigarros. A iniciativa é de Dr. Hércules (MDB). De acordo com o PL, a população não tem conhecimento dos malefícios do artefato, que produz substâncias químicas nocivas em partículas ultrafinas.

Além disso, ao contrário do cigarro convencional, que queima tabaco para gerar o fumo, os dispositivos eletrônicos vaporizam um líquido, popularmente conhecido como e-líquido, e-suco ou e-juice, cujo refil é vendido à parte.

O mercado para esse tipo de produto é vasto. Na justificativa do projeto, Dr. Hércules afirma que o consumidor encontra mais de sete mil sabores disponíveis, compostos por nicotina, propilenoglicol, estanho, chumbo, níquel, crômio, nitrosaminas e compostos fenólicos, alguns desses com potencial cancerígeno.

Teor de nicotina

Para o deputado, os consumidores se enganam ao acreditar que o cigarro eletrônico não contém nicotina. O teor dessa substância descrito nos rótulos do e-líquido pode alcançar 36 miligramas por mililitro de sangue, mas estudos comprovam que esse índice quase sempre está acima do que é informado pelos fabricantes.

De acordo com Dr. Hércules, pessoas que fumam cigarros eletrônicos conseguem inalar quantidades de nicotina muito parecidas com aquelas inaladas nos cigarros comuns.

“Não apenas a nicotina, mas as substâncias encontradas nesse produto causam, entre outros efeitos, aumento do risco de eventos cardiovasculares, a atraso no desenvolvimento fetal, maior risco de aborto espontâneo e de partos prematuros e alterações no desenvolvimento cerebral de jovens e adolescentes”, afirmou Dr. Hércules.