O outro envolvido no crime, o advogado Ivomar Rodrigues Gomes Júnior, continua preso e espera julgamento do pedido de liberdade.

Oswaldo e Ivomar estão presos em Viana indiciados pelo duplo homicídio com dolo eventual do casal Kelvin e Brunielli. Após o acidente, eles se recusaram a fazer o teste do bafômetro. Mas a polícia descobriu que eles estiveram em uma boate minutos antes do acidente. A conta do advogado mostra que ele comprou de bebida alcoólica no local.

Os advogados de Oswaldo entraram com pedido de soltura do réu no STJ. O pedido foi aceito pelo ministro Sebastião Reis Júnior que entendeu que Oswaldo não demonstra perigo e não há risco dele praticar novos crimes.

Para que Oswaldo saia da prisão e responda pelo duplo homicídio em liberdade, o STJ precisa encaminhar a decisão para a Justiça do Espírito Santo.

Fora da prisão, Oswaldo não poderá dirigir, sair de casa à noite e só pode sair do estado se a Justiça autorizar.

Por nota, o advogado de estudante, Ludgero Liberato, acredita que a decisão foi acertada: “A prisão preventiva não é nem pode ser antecipação de pena”, destacou.

A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou ainda não recebeu a decisão judicial para liberação de Oswaldo Venturini Neto. Ele permanece no Centro de Detenção Provisória de Viana 2. Quando o documento chegar, a Sejus informou que serão feitos os procedimentos padrões para liberação.

A investigação aponta que o motoboy Kelvin Gonçalves dos Santos, de 23 anos, e a namorada dele Brunielli Oliveira, de 17 anos, estavam de moto, na Terceira Ponte, quando foram atingidos primeiro pelo carro dirigido por Ivomar. A batida derruba o casal da moto e, segundos depois, o veículo dirigido por Oswaldo atropela novamente a jovem Brunielli

Na audiência de custódia, a Justiça manteve as prisões de Ivomar Gomes Júnior e do estudante de engenharia Oswaldo Venturini Neto. As prisões foram convertidas em preventivas.

STJ decide soltar universitário acusado de racha que matou casal na Terceira Ponte 1
CASAL morreu em acidente na Terceira Ponte. Kelvin Gonçalves dos Santos tinha 23 anos e a namorada dele Brunielli Oliveira, 17 — Foto: Reprodução/ TV Gazeta

O laudo pericial da Polícia Civil sobre o acidente que matou um casal na Terceira Ponte apontou que os acusados estavam a aproximadamente 150 km/h. O documento concluiu que a velocidade dos veículos foi determinante para causar o acidente.

Ivomar e Oswaldo foram autuados por duplo homicídio com dolo eventual e por participar de corrida ou exibição em veículo automotor em via pública.

O laudo também mostrou que a moto onde estavam as vítimas estava com o farol traseiro apagado. Apesar dos acusados terem usado essa informação como defesa, a perícia afirma que esse fator não foi determinante para o acidente.