Eleições 2022: veja quem são os 8 pré-candidatos a governador do Espírito Santo

Entre os oito nomes lançados para concorrer ao governo predomina o discurso de renovação e defesa de um novo ciclo à frente do Executivo capixaba, comandado atualmente por Renato Casagrande, que deve buscar a reeleição

Oito pré-candidatos a governador se apresentam como aqueles que vieram para ficar na corrida pelo Palácio Anchieta nas eleições de outubro. Mas até a conclusão das convenções partidárias, em agosto, ainda pode ter muita “gente a sorrir e a chorar”, como canta Maria Rita em “Encontros e despedidas”, pois “todos os dias é um vai e vem” na discussão de alianças e alguns deles podem ter de abrir mão da disputa ou trocar o cargo que almejam.

O discurso predominante entre os pré-candidatos é o de busca por renovação e defesa de um novo ciclo no comando do Executivo estadual, uma vez que o atual governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), que deve disputar a reeleição, se reveza há 20 anos no cargo com o ex-governador Paulo Hartung (sem partido). Adotam abertamente essa linha o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede), o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), e o deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil), ainda que com nuances entre os discursos.

PT COM  FABIANO CONTARATO

Já a pré-candidatura do senador Fabiano Contarato (PT) é a única posicionada mais claramente no campo progressista, enquanto a do ex-deputado federal Carlos Manato (PL) segue na direção oposta, mais conservadora e de total oposição ao atual governo.

QUEM SÃO OS PRÉ CANDIDATOS AO GOVERNO DO ESTADO DO ES? 

ARIDELMO TEIXEIRA (NOVO)

AUDIFAX BARCELOS (REDE)

Prefeito da Serra por três mandatos, Audifax Barcelos (Rede) é economista e foi o deputado federal mais votado do Estado em 2010. Desde que deixou o comando da Prefeitura da Serra, em 2020, tem rodado os municípios capixabas para discutir um projeto de governo e se cacifar para a disputa a governador.

CARLOS MANATO (PL)

Pré-candidato a governador pelo PL, o ex-deputado federal Carlos Manato busca pela segunda vez consecutiva o comando do Palácio Anchieta pelo mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em 2018, foi o segundo mais votado na disputa a governador, quando concorreu pelo PSL.

ERICK MUSSO (REPUBLICANOS)

Atual presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso foi lançado pré-candidato ao governo pelo Republicanos com uma “proposta de renovação política e mudança de ciclo geracional”. Ele já tem apoio declarado do PSC, Agir e Patriota.

FABIANO CONTARATO (PT)

Eleito senador em 2018 pela Rede, o delegado da Polícia Civil aposentado e professor Fabiano Contarato foi lançado em fevereiro pelo PT para a disputa a governador. Ele foi o primeiro homem assumidamente homossexual eleito para o Senado e viralizou com um discurso contra a homofobia durante a CPI da Covid-19.  O PT busca consolidar a pré-candidatura de Contarato para garantir um palanque forte no Estado para a campanha do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto, seja mantendo-o na disputa ou reproduzindo a aliança com o PSB já firmada em nível nacional.

FELIPE RIGONI (UNIÃO BRASIL)

Deputado federal, Felipe Rigoni é pré-candidato ao governo pelo partido União Brasil e busca alianças com partidos de centro e centro-direita. Ele é o primeiro deputado federal cego eleito no país e está em seu primeiro mandato eletivo. Rigoni não se coloca como oposição ao atual governador, mas como um nome para iniciar um novo ciclo político no Estado, pós-Casagrande e Hartung.

GUERINO ZANON (PSD)

Pré-candidato do PSD ao governo estadual, Guerino Zanon deixou o MDB depois de 26 anos de filiação e renunciou ao quinto mandato de prefeito de Linhares em 31 de março, para ficar livre para a disputa eleitoral. A mudança de partido teve o aval do ex-governador Paulo Hartung, de quem Zanon foi secretário estadual de Esportes. Ele também foi deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa.

RENATO CASAGRANDE PSB

Atual governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) deve buscar seu terceiro mandato à frente do Palácio Anchieta em outubro. O PSB tenta viabilizar a reeleição dele com uma coligação suprapartidária e busca apoio de mais de 10 partidos, que vão de esquerda a centro-direita.