Espírito Santo terá primeiro azeite produzido em terras capixabas 1
Espírito Santo tem, aproximadamente, 300 hectares de área plantada de azeitona, envolvendo cerca de 150 produtores com abrangência nos 17 municípios – Foto: es.gov

 

A chegada da Semana Santa está sendo marcada por uma importante conquista para o Espírito Santo. O azeite, ingrediente de grande importância para a torta capixaba, será produzido pela primeira vez no Estado. A colheita comercial inédita de azeitona foi feita em Santa Teresa, nos dias 03 e 04 de março, com destino ao distrito de Aracê, em Domingos Martins, para processamento e transformação das azeitonas em azeite.

A colheita foi realizada em nove propriedades e os frutos foram transportados para a propriedade rural do produtor Paulo Sardemberg, onde serão processados e envasados. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) deu início ao Projeto de Olivicultura no Espírito Santo em 2012, com a implantação de uma Unidade de Observação em Caldeirão, Santa Teresa. Em 2015, o plantio de oliveiras foi difundido para outras localidades e hoje abrange 17 municípios capixabas. As azeitonas capixabas, no entanto, já haviam sido transformadas em azeite, mas em terras mineiras, no ano de 2018.

O foco do projeto é a produção de azeite extravirgem de baixa acidez, para expressão da qualidade superior do produto. Atualmente, o Espírito Santo tem, aproximadamente, 300 hectares de área plantada de azeitona, envolvendo cerca de 150 produtores com abrangência nos 17 municípios, dos 23 da região serrana do Estado vocacionados para o desenvolvimento da atividade.

Para o extensionista e coordenador do escritório local do Incaper de Santa Teresa, Carlos Alberto Sangali de Mattos, a colheita comercial marca um momento histórico e fomenta o desenvolvimento da atividade na região serrana. O projeto de Olivicultura é coordenado por Sangali, com auxílio da extensionista Ranusa Coffler.

 

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“A olivicultura e a produção de azeite, coexistindo harmonicamente com outras atividades, potencializa o desenvolvimento do agroturismo no município. A nossa expectativa é o desenvolvimento exponencial da atividade, buscando atender à demanda interna, reduzindo a evasão de divisas, ampliando a geração de mais oportunidades de trabalho e aumentando a rentabilidade, melhorando assim a qualidade de vida das pessoas envolvidas no negócio”, destacou Sangali.

A atividade de cultivo das oliveiras e a recente conquista do processamento para produção de azeite é resultado de um esforço conjugado entre a Associação dos Olivicultores do Estado do Espírito Santo (Olives), o Incaper e a Prefeitura de Santa Teresa.