O ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves irá a julgamento na próxima segunda-feira, dia 3 de abril, às 9h, no Fórum de Linhares, no Norte do Espírito Santo. Ele é acusado de ter estuprado e matado o filho Joaquim Alves, de 3 anos, e o enteado Kauã Butkovsky, de 6 anos, em 2018, na casa em que a família morava.

O júri será presidido pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Tiago Fávaro Camata, e o réu será julgado por homicídio duplamente qualificado, estupros de vulneráveis e tortura. A denúncia do Ministério Público Estadual descreve que, após a violência sexual, Georgeval teria colocado os meninos desacordados na cama e ateado fogo neles ainda vivos, causando suas mortes por carbonização.

Este é o segundo julgamento marcado este ano, após adiamento solicitado pela defesa para realização de cirurgia do advogado responsável. A reportagem está em contato com a defesa do réu e aguarda manifestação.





Ex-pastor acusado de estupro e homicídio de crianças vai a júri popular em Linhares após quase cinco anos do crime.

Foto: Divulgação

Relembre o crime 

O crime aconteceu na madrugada do dia 21 de abril de 2018, na casa da família, em Linhares. Na época, Kauã tinha 6 anos de idade e Joaquim apenas 3. A Polícia Civil concluiu que Georgeval estuprou, espancou e, em seguida, ateou fogo nas duas crianças, enquanto elas ainda estavam vivas.

A esposa dele e mãe dos meninos, Juliana Pereira Sales Alves, chegou a ser presa na época.





No entanto, o juiz da 1ª Vara Criminal de Linhares decidiu por não levá-la a júri popular. Em sua decisão, o magistrado entendeu que não havia nos autos do processo provas cabais que demonstrassem que a mãe dos irmãos teria sido omissa ao permitir a aproximação de Georgeval das crianças.

Na época do crime, o acusado alegou que estava dormindo, quando ouviu, pela babá eletrônica, as duas crianças chorando. Georgeval Alves disse que foi até o quarto dos dois, mas não conseguiu salvá-los.





A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros realizaram perícias na casa onde o caso aconteceu e no carro que geralmente era utilizado por Georgeval Alves e concluiu que a versão apresentada pelo acusado é falsa. O réu está preso desde o dia 28 de abril de 2018.