Excesso de peso: mudança de hábitos afetam a saúde da população 1
Entre os vários fatores que contribuem para a elevação do peso estão a má alimentação e o sedentarismo.

 

O excesso de peso e a obesidade acarretam problemas de saúde. Por isso, neste 11 de outubro, o Dia da Conscientização contra a Obesidade tem o objetivo de alertar as pessoas sobre os cuidados necessários para ter um peso corporal adequado.

A Secretaria da Saúde (Sesa) chama atenção para cuidados simples que podem prevenir e ajudar a evitar a obesidade. A referência em nutrição da Sesa, Daniela Briel Costa Cornachini, destacou a importância de manter uma alimentação equilibrada e aliada à prática de atividades físicas. “Uma alimentação equilibrada tende a trazer benefícios para toda a vida. Ingerir alimentos naturais e reduzir o consumo de produtos industrializados fortalece a imunidade do corpo. Associadas à prática da atividade física realizada de forma correta, essas escolhas na alimentação têm um grande impacto no controle do peso e são uma grande aliada na prevenção da obesidade”, orientou Daniela Cornachini.

 

Dados de obesidade

De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), 20,7% da população feminina e 18,7% da masculina estavam acima do peso no Brasil no ano de 2019. No mesmo ano, o Espírito Santo registrou o índice de obesidade entre as mulheres equivalente a 19,1% e entre homens de 16%.

Com relação às crianças e aos adolescentes, os índices foram classificados por faixa etárias: menores de 2 anos, 6,5%; idade de 2 a 4 anos, 5,2%; 5 a 9 anos 12,2%; e adolescentes de 12 a 17 anos somaram o total de 7% da população capixaba com sobrepeso.

Os dados que se referem ao período de enfrentamento da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), no ano de 2020 e 2021, ainda não foram computados, mas estima-se um aumento considerável da obesidade na população, devido ao confinamento implicando no aumento de ingestão alimentar e com a diminuição da prática de atividades físicas.

 

A doença

Classificada como doença crônica e multifatorial, a obesidade é resultado do acúmulo excessivo de gordura e peso no corpo que estimula o aparecimento de outras doenças e que pode ser verificada por meio do índice de massa corpórea (IMC). Nesse processo, são utilizados como parâmetros básicos a altura e o peso da pessoa, classificando o resultado como baixo peso, peso ideal e excesso de peso. Essas classificações são específicas para homens, mulheres e crianças.

Entre os vários fatores que contribuem para a elevação do peso estão à má alimentação e o sedentarismo, que atrapalham o desenvolvimento metabólico, físico e psicológico, acarretando o aparecimento de algumas doenças, como diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares e problemas com a autoestima.

O excesso de gordura, quando atinge valores extremos, desencadeia uma série de complicações no indivíduo. A princípio são apresentadas limitações para a realização de alguns movimentos do cotidiano, além de sobrecarregar algumas articulações, como da coluna, quadril, joelhos e tornozelos e o surgimento de doenças, como câncer, doenças respiratórias, psicológicas, entre outras.

 

Atendimento, acompanhamento e cirurgia

A pessoa que precisa de atendimento deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de onde reside, para ser realizada a avaliação médica. Após o atendimento e se necessário, o profissional irá encaminhar o paciente para o acompanhamento com uma equipe multiprofissional composta por nutricionistas, psicólogos e especialistas na área de educação física.

Indicada para tratar casos de obesidade, a cirurgia bariátrica, que muda a forma original do órgão e reduz a capacidade de receber alimentos, eliminando a absorção exagerada de calorias pelo organismo, é indicada para pacientes classificados com o risco grave de obesidade, atestada pelo médico.

No Espírito Santo, a cirurgia é realizada em três hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). São eles: Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (HUCAM), em Vitória; Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV); e Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (HECI).

De janeiro a junho de 2021, foram realizados 279 procedimentos de cirurgia bariátrica no Estado. Já em 2020, foram registrados 343 procedimentos nos hospitais.