Na noite de sábado (9), um crime brutal abalou o município de Montanha, no Norte do Espírito Santo. Gislane, vítima de feminicídio, foi morta a facadas pelo seu companheiro, em sua residência no bairro Ângelo Depolo, por volta das 21h30. O crime foi presenciado pelo padrasto da vítima, que relatou às autoridades os detalhes da tragédia.

De acordo com o relato do padrasto da vitima, Sérgio e Gislane chegaram em casa discutindo. Durante a discussão, Sérgio desferiu um soco no rosto de Gislane, ameaçando matá-la e correu até a cozinha para buscar uma faca. Apesar de padrasto tentar fechar a porta para impedir o agressor, Sérgio forçou a entrada e, com a faca em mãos, atacou Gislane, desferindo um golpe nas costas e, em seguida, no pescoço, causando a morte da vítima por hemorragia. Após o crime, Sérgio fugiu de bicicleta.

Feminicídio em Montanha: mulher é morta a facadas pelo companheiro no bairro Ângelo Depolo 1

Prisão do suspeito

Com base nas informações recebidas, a equipe da Força Tática, composta pelo sargento Ziomar e soldados Carvalho e Arthur Chagas, foi mobilizada para localizar o suspeito. Sérgio foi encontrado no distrito de Vinhático, onde foi abordado e detido. Durante a abordagem, ele indicou o local onde havia descartado a faca utilizada no crime, próximo ao IFES de Montanha.

Histórico de ameaças e antecedentes

Segundo o padrasto da vítima, Gislane estava em processo de separação e sofria constantes ameaças de Sérgio, que já possuía antecedentes por homicídio. Sérgio teria afirmado, diversas vezes, que já havia matado antes e que não hesitaria em fazê-lo novamente, chegando a se vangloriar e demonstrar desdém pelas consequências legais. A vítima vivia com medo, uma vez que o agressor declarava abertamente que a prisão para ele seria apenas um “descanso”.

Detenção e confissão do crime

Durante a abordagem, Sérgio confessou o crime, relatando de forma fria e sem arrependimento que desferiu cerca de sete facadas em Gislane. A Polícia Civil de Montanha, com apoio do sargento Ziomar e sua equipe, realizou a prisão e conduziu o acusado para os procedimentos legais. Foi necessário o uso de algemas para garantir a segurança dos policiais e do próprio suspeito, que não demonstrou resistência.

Atendimento do Samu e liberação do corpo

No local do crime, a equipe do Samu foi a primeira a chegar e constatou o óbito de Gislane. Após a confirmação, o corpo foi liberado para a perícia, que conduziu os procedimentos necessários para coleta de provas. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Serviço Médico Legal (SML) para a autópsia e posterior liberação aos familiares.

O caso segue em investigação, e a Polícia Civil continua apurando detalhes para o processo judicial.

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