Fim do TV Box Anatel retira de circulação mais de 5 milhoes de aparelhos. A Anatel, o órgão regulador de telecomunicações no Brasil, anunciou recentemente que cerca de 5 milhões de decodificadores clandestinos serão desligados. Esses decodificadores, também conhecidos como “gatonet” ou TV Box, funcionam ilegalmente transmitindo conteúdo de televisão e plataformas de streaming. A Anatel agora pode cortar o sinal dos aparelhos de forma remota, notificando o provedor de internet após identificar uma rede de decodificadores clandestinos.

A ação contra a pirataria faz parte do Plano de Combate ao Uso de Decodificadores Clandestinos da agência e visa coibir o uso de TVs Box não homologadas, ou seja, que não possuem certificado de conformidade de uso seguro.

A medida é uma reivindicação antiga das empresas de mídia e dos produtores de conteúdo, mas havia sido obstaculizada por questões internas da Anatel. O medo era de que a ação fosse interpretada como uma interferência no tráfego de dados da internet. No entanto, com o aumento do uso dos decodificadores clandestinos, controlados por grandes quadrilhas, inclusive internacionais, e o risco de ameaças digitais, a Anatel decidiu agir.

Fim do TV Box Anatel retira de circulação mais de 5 milhão de aparelhos

Fim do TV Box Anatel retira de circulação mais de 5 milhão de aparelhos

A pirataria de conteúdo de mídia ainda existirá, mas o uso de gatonets será muito mais difícil. Além disso, as ações contra os sites que vendem esses aparelhos serão intensificadas, e as plataformas que continuarem a vender esse tipo de aparelho podem ser punidas. De acordo com a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, a pirataria custa cerca de R$ 15 bilhões em receitas perdidas por ano.

Perigo: 

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, disse que adquirir o produto ilegal é como levar o “inimigo” para dentro de casa.

  • Você está colocando um inimigo dentro de casa. Então, se você conecta no Wi-Fi da casa e seu celular também, ele [a pessoa que vendeu a TV Box] tem como roubar”, afirmou Baigorri.
  • “Tudo que você faz no seu celular, uma pessoa está olhando. Esses equipamentos podem ser controlados por terceiros”, alertou.