A Polícia Civil informou que uma equipe da Delegacia de Jaguaré foi até o Bairro Boa Vista II em Jaguaré para realizar levantamentos para investigações.

No local, os policiais se depararam com um suspeito identificado como Jhon Mayque da Silva Mariano, 25 anos, que empreendeu fuga com uma pistola na mão em direção a uma plantação de pimenta.









 

Durante a perseguição, Jhon atirou na direção dos policiais e um policial civil acabou entrando em luta corporal com o suspeito.

Polícia Civil mata suspeito em confronto durante investigação em Jaguaré

Jhon Mayque da Silva Mariano, de 25 anos, morto durante uma ação da Polícia Civil em Jaguaré. (Acervo familiar)

Para cessar a injusta agressão, o policial civil disparou contra Jhon, que veio a óbito.





O policial civil foi atendido com lesão no ombro e cabeça, sendo levado a uma unidade hospitalar, onde está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Com o suspeito, foram encontradas uma arma e drogas.

Foi realizada a perícia no local e os policiais civis foram levados à Delegacia Regional de São Mateus, onde foram ouvidos e liberados. As armas foram apreendidas e o caso seguirá sob investigação da Corregedoria da Polícia Civil.

Polícia Civil mata suspeito em confronto durante investigação em Jaguaré

O corpo de Jhon Mayque da Silva Mariano foi encaminhado ao Serviço Médico Legal (SML) de Linhares para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.

Jhon possuía passagens por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, era integrante de uma organização criminosa que atuava em Jaguaré e era investigado como possível autor em uma ocorrência de duplo homicídio no início deste ano.

Família contesta versão

Mãe e esposa de jovem morto pela polícia criticam ação dos policiais e pedem justiça

Em entrevista à TV Gazeta Norte, a mãe do jovem morto pela polícia, Maria Helena da Silva, afirmou que o filho não estava armado e contestou a versão dada pela corporação. Segundo ela, seu filho se entregou e mesmo assim foi morto sem chance de defesa. Além disso, ela denunciou que um policial ameaçou ela e outros familiares presentes na ocorrência.

A esposa da vítima, Natalia Spindola, também relatou que seu marido não estava armado e que foi perseguido pelos policiais sem motivo aparente. Ela questionou a atuação da Polícia Civil e pediu por justiça, afirmando que não é correto que policiais tenham o poder de tirar vidas sem razão justificável.

A família do jovem morto critica a ação dos policiais envolvidos na ocorrência e espera que seja feita uma investigação completa para que os responsáveis sejam punidos. Eles também questionam a confiabilidade da Polícia Civil e a forma como a instituição está agindo, deixando claro que não é aceitável que policiais tenham o poder de decidir quem vive e quem morre sem um motivo justo.

Processos na Justiça

A Polícia Civil afirmou que Jhon Mayque da Silva Mariano têm passagens por tráfico de drogas e associação para o tráfico de entorpecentes, sendo integrante de uma organização criminosa que atua em Jaguaré. A PC declarou que ele também é investigado como possível de um duplo homicídio no início deste ano.

Em consulta ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES),   dois processos contra o jovem, ambos por envolvimento com tráfico de drogas. O iniciado em 2020 foi definitivamente arquivado em 2021, enquanto o de 2019 transitou em julgado no ano seguinte.